Eu não sou dona da verdade. E nunca quis ser. Mas aprendi desde cedo a defender meus pontos de vista até ser convencida do contrário: e acreditem, eu não me importo em ser convencida do contrário. O caminho do aprendizado é, e sempre foi, o diálogo.
O ruim de escrever na internet é que você não fica cara a cara com seu interlocutor. Quando alguém lê um texto seu na sua frente algum comentário saí dali. Bom, ruim, gostei, não gostei, concordo, discordo, e por aí vai. Mas aqui as pessoas vem, lêem, vão embora, e exceto por um hit anônimo, a gente nem sabe que alguém esteve por aqui. Mas isso não é muito diferente de ler um jornal ou um livro, na verdade, é até melhor porque há a possibilidade de interagir. Agarra essa oportunidade quem quer!
Mas comentar na internet não é, ou não deveria ser, diferente de dialogar com alguém na “vida real”. Discordar e criticar são direitos que todos tem, a forma é normalmente muito mais problemática que o conteúdo. As pessoas se acham no direito, por estarem escondidas atrás de um monitor em alguma parte do mundo, de serem grosseiras, ríspidas, vazias em conteúdo na hora de criticar. Não gostou? Tá coberto de razão e no seu absoluto direito, mas me explica porque, como e quando, e abra o espaço pra eu argumentar também. Com sorte, a gente chega num consenso, ou na pior das hipóteses, a gente pelo menos dialogou. Continue lendo “A arte de comentar”